Eis a máquina Remington. Até que nem doeu tanto. |
Assim é a vida,
prezados leitores!
Os donos deste
espaço, coxinhas reacionários e capitalistas, reformaram tudo e
ampliaram as instalações, só para poderem me escorchar com o preço
do aluguel que pago, ou ao menos prometo, para satisfazer a libido de
meus doze leitores insaciáveis.
Sem condições
financeiras de arcar com tal exploração opressora, fui obrigado a
falar com o Edinho, da Comunicação – não o Ferrô mas o que vai
se ferrar em breve, o Silva, de Brasília. Ele me prometeu destinar
400 milhões de reais logo que satisfaça a gula de 247 outros
blogueiros pendurados em suas costas peludas.
Sabendo disso e na
pindaíba, Alair Correa danou a me cercar por todos os cantos,
farejando o dinheiro que poderia sanar o rombo intumescido dos cofres
da Prefeitura, provocado pela broxada inapelável dos royalties – e
aí foi minha vingança: não esqueci que ele não quis me pagar o
ônibus da volta do Riala, quando anunciou sua candidatura à
reeleição. Fiz igual e ensebei, com meu roupão de xita, fumando
portentoso Continental sem filtro e bebendo Baré. Minha resposta foi
firme, tal como meu caráter: “O que é que eu ganho com isso?”
Não me incomodei
com sua reação. Edinho de Brasília me prometeu milhões e graças
à minha iminente riqueza, vou poder consultar-me no renomado
proctologista Dr. Longfinger, para que o mesmo extraia a máquina de
escrever Remington que Alair, o furioso, entendeu de introduzir-me
após a resposta que lhe dei.
Fiquem tranquilos,
meus amados: não será por falta de dinheiro que deixarei de
frequentar este espaço pois, para mim, dinheiro não é problema: é
solução.